Se nos calarmos, outros ruídos começam.
Às vezes, eu me calo, pois as palavras nos
Tornam surdos de cegos.
Eu me dou conta de que a cada ano tenho
Falado mais baixo, mais lentamente.
As pausas tem sido mais longas entre as
Palavras, as frases, as silabas.
O silêncio dá significado às palavras, às imagens.
Foi sempre assim?
Como isso se passava em outros tempos?
Desde quando o tempo fez-se espaço?
O silêncio faz um lugar?
Que escadas, que andaimes constroem o silêncio?
Onde o silêncio principia?
Onde ele começa é claro ou escuro?
É no silêncio que se ouvem as vozes dos deuses?
Que lugar faz o silêncio?
Poesia anotado na exposição “Elogio ao Silêncio – e outras fábulas” do Sergio Fingermann no MON, dia 01/11/2009. Yiuki
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