Espaço de discussão e reflexão sobre a experiência do olhar e suas reverberações no corpo na construção/remontagem do espetáculo de dança contemporânea "feche os olhos para olhar" da desCompanhia de dança.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Olhar é um ato de escolha - John Berger

“Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha. Como resultado dessa escolha, aquilo que vemos é trazido para o âmbito do nosso alcance – ainda que não necessariamente ao alcance da mão. Tocar alguma coisa é situar-se em relação a ela. […]. Nunca olhamos para uma coisa apenas; estamos sempre olhando para a relação entre as coisas e nós mesmos. Nossa visão está continuamente ativa, continuamente em movimento, continuamente captando coisas num círculo à sua própria volta, constituindo aquilo presente para nós do modo como estamos situados.”
John Berger – Modos de Ver - Tradução: Lúcia Olinto (J. Berger, Ways of Seeing. London: BBC 1972, p. 7)
P.S. Aquilo que não conseguimos ligar os pontos (relacionar) não enxergamos. Yiuki

Um comentário:

  1. “Só vemos aquilo que olhamos. Olhar é um ato de escolha."

    A escolha depende da nossa evolução como seres humanos. É por isso que na maior parte do tempo nós não vemos a dor do outro. Ao enxergar a dor do outro, torna-se impossível não fazer nada.

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